segunda-feira, 29 de setembro de 2014

das memórias




Eram horas à espera...
A Doutora tardava, era muito ocupada.
Brincávamos no chão da sala alcatifada. A luz bruxuleante...
Eram horas à espera, muitos dias. Eu era uma miúda doente.
A Doutora teve que adiar a festa, a menina adoeceu.
Era urgente. - Não é preciso pôr a bata! Disse.
- Oh filha sujaste o vestido de festa da Doutora.
 A Áurea dava-nos sempre rebuçados.
O consultório cheirava a rebuçados, era quente.
O elevador levava-nos a um mundo de luz tremeluzente, doce...

A visita da Cidadnia Lx no Sábado na Avenida da Liberdade em Lisboa

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