quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

There's a place...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Pode um beijo abrir toda uma vida?

Não quero o primeiro beijo: 
basta-me 
O instante antes do beijo. 

Quero-me 
corpo ante o abismo, 
terra no rasgão do sismo. 

O lábio ardendo 
entre tremor e temor, 
o escurecer da luz 
no desaguar dos corpos: 
o amor 
não tem depois. 

Quero o vulcão 
que na terra não toca: 
o beijo antes de ser boca.

Mia Couto, in Tradutor de Chuvas

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Sometimes...a wind blows


Io non ho bisogno di denaro 
ho bisogno di sentimenti  
di parole  
di parole scelte sapientemente 
di fiori detti pensieri 
di rose dette presenze 
di sogni che abitino gli alberi 
di canzoni che facciano danzare le statue  
di stelle che mormorino  
all'orecchio degli amanti. 
Ho bisogno di poesia  
questa magia che brucia  
la pesantezza delle parole  
che risveglia le emozioni e dà colori nuovi.
Io non ho bisogno di denaro de Alda Merini 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A menina tem saudades...

um beijinho papá

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Le Flâneur...

Quando, novinho, olhei para o espelho, hei-de ter percebido que não era pelo sex-appeal que havia de seduzir os outros. Não foi por isso que desesperei. Ou que desisti de seduzir. Aos cinco anos, tratou-me da asma em Madrid um médico extraordinário, (…) D. Gregorio Marañon. E há-de ter sido por essa altura que a mim próprio disse: velho, isso mesmo, velho é isso o que eu quero ser. E não é que isso seja difícil, pois todos os dias o consigo: ser mais velho. Com todas as características que se atribuem a essa categoria desde sempre em vias de extinção: caturra, vigilante, embirrento, resmungão, quezilento, complicado, solitário, memória de elefante, injusto, parcial, citação pronta e anedota ilustrativa para qualquer caso da vida, colhendo as tempestades dos ventos que em novo semeei, com má fama e desleixado no vestir ou na barba por fazer. Mauzinho. Assim escondo (ou penso suplantar) a juvenil graça que me faltou, o músculo tenso, e deixo a barriga crescer ao sabor dos doces da casa que em qualquer cidade do mundo, Sevilha, Berlim, Lisboa, acabo sempre por descobrir com todo o colesterol possível. Vivo sozinho e desarrumado, procurar um livro, encontrar uma cassete é um quebra-cabeças nesta casa grande onde moro, perto do Rato e do Marquês. Os meus amigos têm a chave de minha casa, e há chaves espalhadas de Cracóvia a Antuérpia, Berlim, Paris, Cacilhas, Estocolmo, Madrid. Ou no escritório. (…) Gosto de conversar e mais ainda gosto de desconversar. Gosto de passear. Sozinho mas também com outros mas não com muita gente. Um dia hei-de voltar a Roma. (…) Não tenho gato mas talvez um dia me decida, que é de gatos que eu gosto, de os olhar e à sua majestade. Porque gostava de ser lembrado como alguém que, como os gatos, se passeou. Um "flâneur".
E gostava de escrever com a independência do Garrett. O Garrett das Viagens, também passeante. Passeante pela vida, como os gatos. Mas a envelhecer embirrento, como os homens.
Será parecido com isto este filme? Assim o tentarei, passeando…
Jorge Silva Melo a propósito deste filme...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Alerta vermelho!





Je t'aime

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Grão de bico napoletano


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

E no meio de fadas e princesas eis que surge...


a velhinha D. E.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Cidade por minhas mãos despida...


Hoje acordei assim, apaixonada por ti, Lisboa

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Wall of memories...


a propósito de Elena Ferrante em História de quem vai e de quem fica