quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

És...


...querida mamã

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Amordiscar













um delicioso livro de Moni Pérez, editado pela Kalandraka

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

(13) ...cette fuite du temps

L'amour est masochiste. Ces cris, ces plaintes, ces douces alarmes, cet état d'angoisse des amants, cet état d'attente, cette souffrance latente, sous-entendue, à peine exprimée, ces mille inquiétudes au sujet de l'absence de l'être aimé, cette fuite du temps, ces susceptibilités, ces sautes d'humeur, ces rêvasseries, ces enfantillages, cette torture morale où la vanité et l'amour-propre sont en jeu, l'honneur, l'éducation, la pudeur, ces hauts et ces bas du tonus nerveux, ces écarts de l'imagination, ce fétichisme, cette précision cruelle des sens qui fouaillent et qui fouillent, cette chute, cette prostration, cette abdication, cet avilissement, cette perte et cette reprise perpétuelle de la personnalité, ces bégaiements, ces mots, ces phrases, cet emploi du diminutif, cette familiarité, ces hésitations dans les attouchements, ce tremblement épileptique, ces rechutes successives et multipliées, cette passion de plus en plus troublée, orageuse et dont les ravages vont progressant, jusqu'à la complète inhibition, la complète annihilation de l'âme, jusqu'à l'atonie des sens, jusqu'à l'épuisement de la moelle, au vide du cerveau, jusqu'à la sécheresse du cœur, ce besoin d'anéantissement, de destruction, de mutilation, ce besoin d'effusion, d'adoration, de mysticisme, cet inassouvissement qui a recours à l'hyperirritabilité des muqueuses, aux errances du goût, aux désordres vaso-moteurs ou périphériques et qui fait appel à la jalousie et à la vengeance, aux crimes, aux mensonges, aux trahisons, cette idolâtrie, cette mélancolie incurable, cette apathie, cette profonde misère morale, ce doute définitif et navrant, ce désespoir, tous ces stigmates ne sont-ils point les symptômes mêmes de l'amour d'après lesquels on peut diagnostiquer, puis tracer d'une main sûre le tableau clinique du masochisme?
Blaise Cendrars

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Too weak a word...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Tributo a ti...


...querido papá

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Vontade de regresso...


E, apesar da "veilleuse" que arroxeava a penumbra do camarote, sentia-se cega...cega como a serpente do anel que nenhum ventre de peixe levaria à mesa humana e que àquela hora jazia como a "cucumária dos abismos" no mais secreto do mar.

Lisboa, 7h 25m P.M.
de 21 de Fevereiro de 1944
E assim, há sessenta e nove anos, terminou Nemésio o seu Mau tempo no Canal

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ponto de fuga...


Duas linhas paralelas
muito paralelamente
iam passando entre estrelas
fazendo o que estava escrito:
caminhando eternamente
de infinito a infinito.
Seguiam-se passo a passo
exactas e sempre a par
pois só num ponto do espaço
que ninguém sabe onde é
se podiam encontrar
falar e tomar café.
Mas farta de andar sozinha
uma delas certo dia
voltou-se para a outra linha
sorriu-lhe e disse-lhe assim:
“Deixa lá a geometria
e anda aqui para o pé de mim…”
Diz-lhe a outra: “Nem pensar!
Mas que falta de respeito!
Se quisermos lá chegar
temos de ir devagarinho
andando sempre a direito
cada qual no seu caminho!”
Não se dando por achada
fica na sua a primeira
e sorrindo amalandrada
pela calada, sem um grito
deita a mãozinha matreira
puxa para si o infinito.
E com ele ali à frente
as duas a murmurar
olharam-se docemente
e sem fazerem perguntas
puseram-se a namorar
seguiram as duas juntas.
Assim nestas poucas linhas
fica uma história banal
com linhas e entrelinhas
e uma moral convergente:
o infinito afinal
fica aqui ao pé da gente!
José Fanha

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

sábado, 16 de fevereiro de 2013









A Lua crescia quando, depois dos Grotescos de Zìngaro, abraçámos Lisboa...
Embalados pelo Tejo, esgotámo-nos entre mornas e coladeiras

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O meu melhor sorriso é para ti

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Sur les chemins















(...) Prendre furtivement sa main
Oublier un peu les copains
La bicyclette
On se disait c'est pour demain
J'oserai, j'oserai demain
Quand on ira sur les chemins
A bicyclette
A bicyclette de Yves Montand

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Estremecimento







As nuvens eram de ameaça, podia ter saído à pressa do carro, e corrido para nem sentir as primeiras gotas. Deixei-me ficar...à espera.
Desejava aquele dilúvio, aquele arrepio de água fria na pele...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

metafísicas...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Los ojos... hablan

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Love can be like bondage...



sábado, 2 de fevereiro de 2013

das palavras, dos beijos, da vida...


Há palavras que nos beijam 
Como se tivessem boca. 
Palavras de amor, de esperança, 
De imenso amor, de esperança louca. 


Palavras nuas que beijas 
Quando a noite perde o rosto; 
Palavras que se recusam 
Aos muros do teu desgosto. 

De repente coloridas 
Entre palavras sem cor, 
Esperadas inesperadas 
Como a poesia ou o amor. 

(O nome de quem se ama 
Letra a letra revelado 
No mármore distraído 
No papel abandonado) 

Palavras que nos transportam 
Aonde a noite é mais forte, 
Ao silêncio dos amantes 
Abraçados contra a morte. 
pintura de R. Gershman; poema de O'Neil