segunda-feira, 29 de setembro de 2014

das memórias




Eram horas à espera...
A Doutora tardava, era muito ocupada.
Brincávamos no chão da sala alcatifada. A luz bruxuleante...
Eram horas à espera, muitos dias. Eu era uma miúda doente.
A Doutora teve que adiar a festa, a menina adoeceu.
Era urgente. - Não é preciso pôr a bata! Disse.
- Oh filha sujaste o vestido de festa da Doutora.
 A Áurea dava-nos sempre rebuçados.
O consultório cheirava a rebuçados, era quente.
O elevador levava-nos a um mundo de luz tremeluzente, doce...

A visita da Cidadnia Lx no Sábado na Avenida da Liberdade em Lisboa

Suenan las campanas para el vencedor



Mañana en Lisboa

terça-feira, 23 de setembro de 2014

aequus nox

O outono vem vindo, chegam melancolias, 
cavam fundo no corpo, 
instalam-se nas fendas; às vezes 
por aí ficam com a chuva 
apodrecendo; 
ou então deixam marcas; as putas, 
difíceis de apagar, de tão negras, 
duras. 

Outono de Eugénio de Andrade

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Tu crois qu'il existe, l'amour qui va vite? Qui va vite mais... qui dure toujours?



Leos Carax brevemente num cinema perto de si

sábado, 13 de setembro de 2014

Sim, podemos ser Todos diferentes


Levaste-me...em duas rodas e aterrámos num Cantinho repleto de Paz.
A diferença rodeou-nos e deixámos-nos levar pela música que nos envolveu até de madrugada.
Selma Uamuse na Cavalo de Pau, numa noite do Todos.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

da invisibilidade...

Gosto de estar nos lugares, rodeada, mas indetectável. Os outros, no seu vai e vem diário...nós, como que únicos...

Já cá estavam antes, cá estarão depois. O nosso bater de asas não fará vento. Seremos invisíveis.
Alexandra Lucas Coelho, em e a noite roda