terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mofo

A casinha saloia das tias Josefa e Constança, onde me perdia uns dias no ano.
É aí que mergulho quando sinto o aroma de mofo. Um mofo acolhedor, envolvido de afectos e recordações de  hortências, do poço, das arcas recheadas de vidas, das ginjas, dos abraços e beijinhos ternurentos e desdentados.

Bocadinhos da infância espreitados pela fechadura ou pela janela do tempo, para um interior repleto de sonhos e memórias. Fragmentos escondidos de brincadeiras de crianças.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

12 anos

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

o beijo

how do you make gifs

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

do amor na pensão...



serpenteámos pelas colinas de Lisboa

cenários para encontros e desencontros

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O mundo inteiro dentro de Nós

Quando damos as mãos, somos um barco feito de oceano, a agitar-se sobre as ondas, mas ancorado ao oceano pelo próprio oceano. Pode estar toda a espécie de tempo, o céu pode estar limpo, verão e vozes de crianças, o céu pode segurar nuvens e chumbo, nevoeiro ou madrugada, pode ser de noite, mas, sempre que damos as mãos, transformamo-nos na mesma matéria do mundo. Se preferires uma imagem da terra, somos árvores velhas, os ramos a crescerem muito lentamente, a madeira viva, a seiva. Para as árvores, a terra faz todo o sentido. De certeza que as árvores acreditam que são feitas de terra.

Por isto e por mais do que isto, tu estás aí e eu, aqui, também estou aí. Existimos no mesmo sítio sem esforço. Aquilo que somos mistura-se. Os nossos corpos só podem ser vistos pelos nossos olhos. Os outros olham para os nossos corpos com a mesma falta de verdade com que os espelhos nos reflectem. Tu és aquilo que sei sobre a ternura. Tu és tudo aquilo que sei. Mesmo quando não estavas lá, mesmo quando eu não estava lá, aprendíamos o suficiente para o instante em que nos encontrámos.

Aquilo que existe dentro de mim e dentro de ti, existe também à nossa volta quando estamos juntos. E agora estamos sempre juntos. O meu rosto e o teu rosto, fotografados imperfeitamente, são moldados pelas noites metafóricas e pelas manhãs metafóricas. Talvez outras pessoas chamem entendimento a essa certeza, mas eu e tu não sabemos se existem outras pessoas no mundo. Eu e tu declarámos o fim de todas as fronteiras e inseparámo-nos. Agora, somos uma única rocha, uma única montanha, somos uma gota que cai eternamente do céu, somos um fruto, somos uma casa, um mundo completo. Existem guerras dentro do nosso corpo, existem séculos e dinastias, existe toda uma história que pode ser contada sob múltiplas perspectivas, analisada e narrada em volumes de bibliotecas infinitas. Existem expedições arqueológicas dentro do nosso corpo, procuram e encontram restos de civilizações antigas, pirâmides de faraós, cidades inteiras cobertas pela lava de vulcões extintos. Existem aviões que levantam voo e aterram nos aeroportos interiores do nosso corpo, populações que emigram, êxodos de multidões famintas. E existem momentos despercebidos, uma criança que nasce, um velho que morre. Dentro de nós, existe tudo aquilo que existe em simultâneo em todas as partes.

Questiono os gestos mais simples, escrever este texto, tentar dizer aquilo que foge às palavras e que, no entanto, precisa delas para existir com a forma de palavras. Mas eu questiono, pergunto-me, será que são necessárias as palavras? Eu sei que entendes o que não sei dizer. Repito: eu sei que entendes o que não sei dizer. Essa certeza é feita de vento. Eu e tu somos esse vento. Não apenas um pedaço do vento dentro do vento, somos o vento todo.
    Escuta,
    ouve.
    Amor.
    Amor.

José Luís Peixoto, Escuta, Amor, no Abraço

um pretexto...

...para um ramalhete de nozes, matinal.

p.s. o próximo post foi roubado só para ti.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Vamos?

Zarpar: Levantar ferro ou âncora e fazer-se ao mar. = Sarpar; sair de um local. = Partir; sair apressadamente. = Fugir 

meco, moussaka, limão e chocolate...

...sorrisos, partilhas e cumplicidades.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Com Borges pelo Chiado


Mirar el río hecho de tiempo y agua 
y recordar que el tiempo es otro río, 
saber que nos perdemos como el río 
y que los rostros pasan como el agua. 

JLB

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O veredicto!


Os meus bichinhos


Obrigada R.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

All the way to the Vale...