quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Leitores

Quem será que me lê?
Será que me lêem mais do que os que me comentam?
Se mais me lêem, como me descobriram?
Será que os que apenas me lêem voltam e lêem mais?
Talvez não...porque voltariam?
Questões que me assaltam quando resolvo escrever mais sobre o que me assalta...
Mas não estou à espera que me leiam.
Assim como sei que ninguém estará à espera que eu escreva...
É caricato que seja isso que me estimula a escrever. O facto de nada me obrigar a fazê-lo...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vento

Era uma vez uma menina
muito magrinha, muito magrinha...porque nunca queria comer a sopa
Um dia foi à rua e veio um vento muito forte e levou-a pelo ar...
A menina por mais força que fizesse para descer não conseguia porque de tão magrinha flutava como uma folha no Outono...
E andou assim algum tempo até que poisou numa árvore
A árvore como era uma macieira deu uma ideia à menina
Começou a comer as maçãs. E comeu uma, comeu duas, comeu três e ainda comeu quatro ( e vai mais uma colher de sopa)
À medida que ia comendo ia conseguindo descer mais um bocadinho. Quando chegou ao chão e apesar do vento já não subia percebeu que era por ser magrinha que ia com o vento
A partir de aí a menina comeu sempre a sopa toda...
Vitória! vitória! Acabou-se a história.

A E., porque come a sopa toda, não voou com o vento de hoje em Lisboa...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vontades

Tantas vontades...
Vontade de fugir daqui
Vontade de partir sem destino
Vontade de estar a sós com o meu amoi
Vontade de estar na natureza
Vontade de conversar sem limites temporais
Vontade de não depender
Vontade de voar
Vontade de nadar
Vontade de comer doces
Vontade de ir ao cinema
Vontade de brincar
Vontade de olhar
Vontade de escutar
...e tantas outras

domingo, 19 de outubro de 2008

Dói-me a cabeça.

Dói-me a cabeça...
Este fim-de-semana truncado alterou a rotina e fiquei particularmente susceptível. Ou será que foi o facto de depois de ter feito o esforço incrível para depois do almoço, quando o que me apetecia era dormir, ir levar a M a mais uma festinha, voltar para casa e ter tudo por fazer - leia-se mesa por levantar, loiça por lavar, roupa por tirar da corda, e por lavar (a M tem pelo menos que ter a camisa branca lavada amanhã). Portanto ir fazer... e ainda uns scones deliciosos para a família e depois ser maltratada por não ir buscar a M à festinha...
Foi, claro, o fim-de-semana truncado ou talvez o período que deve estar por estes dias...
Dói-me a cabeça.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Património "patrimonializador"

O Património, hoje motivou um passeio patrimonial e revelador da cidade. A propósito da apresentação da Plataforma pelo Património Cultural que se realizou no lindo jardim de inverno do Teatro S. Luiz atravessei Lisboa de metropolitano para chegar ao Chiado. Há muito que não andava assim no meio das pessoas. As pessoas andam muito depressa e parecem todas determinadas nas suas caminhadas. Eu seguia e observava. Era levada na corrente. E vá lá não me perdi nas, para mim novas, linhas de metro.
Cheguei com tempo o que me permitiu finalmente ir visitar a loja da Catarina Portas na Rua Anchieta. É exactamente como a imaginei. Um espaço mantido tal qual era, sem qualquer intervenção ou alteração, apenas umas pinturas e iluminação e agora carregado de preciosidades de antes - lapis viarco, sebentas, ardósias, farinha 33, pasta medicinal couto, restaurador olex...
A cidade tão habitada naquelas horas fez-me bem, aconchegou-me.
Isto é Património...mas para o vislumbrarmos talvez precisemos de tempo...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Há dias hormonalmente "blhecs"

As hormonas, como "eles" chamam às responsáveis pelas nossas (gajas) alterações de humor, andam a fazer das suas por estes dias.
Tudo, nestes dias ( e não estou a referir-me áqueles dias) parece blhec. A mim nada me entusiasma e tenho vontade de mudar tudo de pernas para o ar ( não literalmente). Mudar a vidinha, sair do carreiro...
Porque é que acreditando eu piamente na nossa única vida, no nosso fim absoluto e inevitável, no nosso retorno ao húmus e no ínfimo tempo em que por cá andamos, teimo em seguir também eu pelo carreiro formatado e apesar de muita teoria não conseguir ter a coragem para saltar o blhec e abraçar a liberdade?
Pensando bem as referidas hormonas fazem-nos clarividentes...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Também já tenho um blogue!

Pois é, depois de muito tempo a dizer e a pensar que nunca iria ter um blogue, porque simplesmente toda a gente tem um...
Mas eu não vou ser uma escrava do meu blogue...
Eu vou escrever quando tiver realmente algo a dizer...
Aliás como é prova disso este primeiro post...