quarta-feira, 16 de março de 2011

Nunca estamos preparados...

A diferença é uma só, os vivos ainda têm tempo, mas o mesmo tempo lho vai acabando, para dizerem a palavra, para fazerem o gesto. Que gesto, que palavra, Não sei morre-se de não a ter dito, morre-se de não o ter feito, é disso que se morre, não de doença, e é por isso que a um morto custa tanto aceitar a sua morte,(...)

Conversa improvável, mas plausível entre Fernando Pessoa e Ricardo Reis. 
In SARAMAGO, José. O Ano da Morte de Ricardo Reis

Gostava de a ir ouvir, aqui

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