Os meus mortos levaram consigo, de mim, palavras, memórias, dias, lugares, desígnios, incertezas; os seus olhos guardam para sempre o meu rosto, os seus ouvidos a minha voz. Também eu morri com eles, e também eu, o que fiquei, me perdi fora de mim. Onde quer que eles estejam agora, quem quer que sejam agora, estou, pois, junto deles. E pertencem-me, tanto quanto provavelmente eu lhes pertenço.
Manuel António Pina em Por outras palavras
André, Mário, Dionísia, Alice, Lídia, Rosa, Félix, Rui, todos convocam memórias de outras vidas, minhas vidas...
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