[...]
é verdade que as palavras necessitam palavras, por isso se diz Palavra puxa palavra, mas também é certo que Quando um não quer dois não discutem [...]
, ou então suponhamos que um homem perguntou a uma mulher, Amas-me, e ela se cala, olhando-o apenas, esfíngica e distante, recusando dizer o Não que o destroçará, ou o Sim que os destroçaria, concluamos, pois, que o mundo estaria bem melhor se se contentasse cada um com o que vai dizendo, sem esperar que lhe respondessem, e, mais ainda, sem o pedir nem o desejar.
José Saramago, em História do Cerco de Lisboa
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