Passamos pelas coisas sem as ver, gastos como animais envelhecidos; se alguém chama por nós não respondemos, se alguém nos pede amor não estremecemos: como frutos de sombra sem sabor vamos caindo ao chão apodrecidos.
Em As Mãos e os Frutos, de Eugénio de Andrade, 1948
Sem comentários:
Enviar um comentário