Fazal Elahi ficava muitas vezes parado entre gestos, com as mãos perdidas, com os olhos vazios, a lembrar-se de Bibi, a tentar gastar todas as memórias que tinha dela, à espera de que elas caíssem na terra como frutos podres, e os dentes e os cabelos. Havia lembranças de Bibi em todo o lado, atrás dos móveis, na loiça da cozinha, na romãzeira.
Afonso Cruz em Para onde vão os guarda-chuvas, p. 124
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