quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Pero que las hay, las hay
Sempre me senti mais atraída, pelo dark side, as aranhas, as cobras, os grifos e as corujas, e todos os animaizinhos supostamente repelentes, os cemitérios locais eternamente românticos e os espaços mofentos e húmidos a envolverem-me como o mais inebriante aroma.
Las brujas, será que las hay? É que hoje deixaram-me fora de casa sem chaves e sem carro.
Influências do Allhallow-eve?
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Desaguando...
Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?...
Se o sonho foi tão alto e forte
Que pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais decididamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais saudade andasse presa a mim!
Se o sonho foi tão alto e forte
Que pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais decididamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca, no Livro de Sóror Saudade
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
[Always] take a walk on the wild side...
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Doo do doo doo do doo doo do doo
Lou Reed 1942-2013
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Eles crescem...
-Está ali a G e a M, vê lá se não me fazes passar vergonhas.
Isto porque eu cumprimento de forma simpática as suas amiguinhas.
Depois ao portão abraçou-me de paixão despudoradamente...
domingo, 20 de outubro de 2013
Numa tarde de Domingo
(...)É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre.(...) Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.
MEC no Último Volume
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Hoje só por ser Outono, vou...
Hoje, só por ser Outono, vou chamar-te meu amor
Contra as regras do que somos, vou chamar-te meu
amor
Hoje só por ser diferente te encontrar
É tanto o fado contra nós
Mas nem por isso estamos sós
E embora fique tanto por contar
Hoje, só por ser Outono, vou...
Entre dentes, entre a fuga, vou chamar-te meu amor
Enquanto não se encontra forma, vou chamar-te meu
amor
Entre gente que é demais e tão pequena para saber
Que é tanto vento a favor
Mas tão pouco o espaço para a dor
Só pode ficar tudo por contar...
Hoje, só por ser Outono, vou...
E há flores e há cores e há folhas no chão
que podem não voltar...
podes não voltar.
Mas é eterno em nós
e não vai sair...
Desce o tempo e a noite vem lembrar que as tuas mãos
também
já não são de nós para ficar
Por ser tanto quanto somos
Certo quando vemos
Calmo quando queremos
Hoje, só por ser Outono, vou...
Contra as regras do que somos, vou chamar-te meu
amor
Hoje só por ser diferente te encontrar
É tanto o fado contra nós
Mas nem por isso estamos sós
E embora fique tanto por contar
Hoje, só por ser Outono, vou...
Entre dentes, entre a fuga, vou chamar-te meu amor
Enquanto não se encontra forma, vou chamar-te meu
amor
Entre gente que é demais e tão pequena para saber
Que é tanto vento a favor
Mas tão pouco o espaço para a dor
Só pode ficar tudo por contar...
Hoje, só por ser Outono, vou...
E há flores e há cores e há folhas no chão
que podem não voltar...
podes não voltar.
Mas é eterno em nós
e não vai sair...
Desce o tempo e a noite vem lembrar que as tuas mãos
também
já não são de nós para ficar
Por ser tanto quanto somos
Certo quando vemos
Calmo quando queremos
Hoje, só por ser Outono, vou...
Tiago Bettencourt
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Quando o sol me encontrar
i will wade out
till my thighs are steeped in burning flowers
i will take the sun in my mouth
and leap into the ripe air
alive
with closed eyes
to dash against darkness
in the sleeping curves of my body
shall enter fingers of smooth mastery
with chasteness of sea-girls
will i complete the mystery
of my flesh
I will rise
After a thousand years
lipping flowers
And set my teeth in the silver of the moon
till my thighs are steeped in burning flowers
i will take the sun in my mouth
and leap into the ripe air
alive
with closed eyes
to dash against darkness
in the sleeping curves of my body
shall enter fingers of smooth mastery
with chasteness of sea-girls
will i complete the mystery
of my flesh
I will rise
After a thousand years
lipping flowers
And set my teeth in the silver of the moon
E.E. Cummings
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Rescaldo de um fim-de-semana
A vida, é certo, não será um sítio excepcional para as paixões.
Nos países humanos, o amor mistura-se muito com palavras equívocas
(...)
Os dias são instrumentos que exigem afinação,
e o amor tem um ouvido particular, capaz de reconhecer as mais leves variações. Invulneráveis
à morte só os mortos e, temporariamente, os que amam.
Mas sem falsas expectativas: o melhor lado não é perfeito
porque é lado - e um lado tem sempre o lado oposto.
Nos países humanos, o amor mistura-se muito com palavras equívocas
(...)
Os dias são instrumentos que exigem afinação,
e o amor tem um ouvido particular, capaz de reconhecer as mais leves variações. Invulneráveis
à morte só os mortos e, temporariamente, os que amam.
Mas sem falsas expectativas: o melhor lado não é perfeito
porque é lado - e um lado tem sempre o lado oposto.
Uma Viagem à Índia, de Gonçalo M. Tavares, cantos III e IX.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
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