sábado, 2 de março de 2013
Nem sempre o afastamento...
Nos anos 70, Marina Abramovic viveu uma intensa história de amor com Ulay. Durante 5 anos viveram numa caravana onde realizavam todo tipo de performances. Quando sentiram que a relação já não valia a pena, decidiram percorrer a Grande Muralha da China; cada um começou a caminhar de um lado, para se encontrarem no meio, e darem um último grande abraço, e nunca mais se verem.
23 anos depois, em 2010, quando Marina já era uma artista consagrada, o MoMa de Nova Iorque dedicou uma retrospectiva à sua obra. Nessa retrospectiva, Marina compartilhava um minuto de silêncio com cada estranho que se sentasse à sua frente. Ulay chegou sem que ela soubesse e... foi assim.
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3 comentários:
A vida comporta inúmeras vidas. Vidas distantes, outras que se tocam tangencialmente, muitas que se entrecruzam em secantes mais ou menos profundas.
A vida comporta inúmeras vidas. Todavia, acredito, vidas congruentes apenas devem existir aos pares. Pares únicos.
Belíssimo este vídeo.
Sim, mas há pares únicos que não devem nunca tocar-se e... não se pode adiar o amor ou o coração, nas palavras de A. Ramos Rosa.
De facto, as vidas 100% congruentes, os tais pares únicos, são quimeras de difícil concretização. Há quem lhes chame almas gémeas.
Mas o amor pode existir mesmo que as vidas não se completem ponto a ponto. Como diria o grande ALA:
"As pessoas são como os arco-íris. Nós nunca nos entendemos nas sete cores, mas se nos entendermos em três ou quatro já é muito bom. Um casamento no fundo é isto. São pessoas que são capazes, um homem e uma mulher, de se entenderem em quatro ou cinco cores. Isto é excepcional. É nessas cores que nos são comuns que nós temos que viver e respeitar as cores diferentes um do outro".
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