A diferença é uma só, os vivos ainda têm tempo, mas o mesmo tempo lho vai acabando, para dizerem a palavra, para fazerem o gesto. Que gesto, que palavra, Não sei morre-se de não a ter dito, morre-se de não o ter feito, é disso que se morre, não de doença, e é por isso que a um morto custa tanto aceitar a sua morte,(...)
Conversa improvável, mas plausível entre Fernando Pessoa e Ricardo Reis.
In SARAMAGO, José. O Ano da Morte de Ricardo Reis
Gostava de a ir ouvir, aqui
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