Somos imperfeitos...

...que bom! Somos imperfeitos.

Fechar os olhos e apenas ouvir...

...e na  memória dos sons:
as cigarras ao tórrido sol de uma tarde de Agosto em Santa Vitória,
as gaivotas nas ruas da Lisboa ribeirinha,
a coruja no campanário do cemitério de Ouguela,
as pegas azuis num fim de tarde no rio Xévora
a flauta de pã do afiador que, dizia a Avó, anunciava chuva
as relas que procuram companhia e o alarme da pega rabuda no Vale,
a perdiz solitária e recém descoberta nos telhados próximos.
Foi hoje, nos ninhos da Piu, que a E. aprendeu a assobiar

Há que conhecer e registar as Paisagens Acústicas

Statement wall

Para sempre

O piquenique

Naquele «pic-nic» de burguesas, 

Houve uma coisa simplesmente bela, 

E que, sem ter história nem grandezas, 

Em todo o caso dava uma aguarela. 

Foi quando tu, descendo do burrico, 

Foste colher, sem imposturas tolas, 

A um granzoal azul de grão-de-bico 

Um ramalhete rubro de papoulas. 

Pouco depois, em cima duns penhascos, 

Nós acampámos, inda o sol se via; 

E houve talhadas de melão, damascos, 

E pão de ló molhado em malvasia. 

Mas, todo púrpuro, a sair da renda 

Dos teus dois seios como duas rolas, 

Era o supremo encanto da merenda 

O ramalhete rubro das papoulas. 

De tarde de Cesário Verde

Rir

A E. sem os primeiros dois dentinhos:
- Mamã, já sei escrever Rir

To(a)marilhos, que importa o nome.

Verdadeira descoberta para os lados de Almoçageme. Futura experiência no vale...
Prometo uma foto da árvorezinha recheada

Deambulações

Hoje o MEC levou-nos até Colares...

Reencontro

Desde sempre namorei o guarda-chuva preto da avó Alice

Um dia foi meu e um dia perdi-o. Hoje reencontrei-o...

1º Prémio para Valerio Vidale e Davide Cali e a Planeta Tangerina

...na deliciosa Ilustrarte 2012

As peles com que alguns ainda vivem...

simples ≠ simplista

Por estes dias o José Manuel Félix Ribeiro faz-nos sair um pouco das imediações do nosso umbigo.
Por aqui

Olhares de um Domingo

Depois da emergência da vida que da terra brotará sempre

Plegaria Muda de Doris Salcedo no CAM

Fomos em busca do Bolo, que andou por aqui há dois dias e acabámos estendidos ao sol

Toma! Ofereço-te o sol

Não é a mesma luz, nem é grande foto, mas foi o que consegui para ti num semáforo

Ontem roubaram-me um delicioso pôr-do-sol
Hoje foste esperá-lo ao nascer só para me presenteares...

A perfeita união

(podem salivar!)

totalmente levedados, amassados, recheados e cozidos pela vossa anfitriã