...depois restam as poças para nelas saltarmos.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
... mi amor se nutre de tu amor
Quiero que sepas
una cosa.
Tú sabes cómo es esto:
si miro
la luna de cristal, la rama roja
del lento otoño en mi ventana,
si toco
junto al fuego
la impalpable ceniza
o el arrugado cuerpo de la leña,
todo me lleva a ti,
como si todo lo que existe,
aromas, luz, metales,
fueran pequeños barcos que navegan
hacia las islas tuyas que me aguardan.
Ahora bien,
si poco a poco dejas de quererme
dejaré de quererte poco a poco.
Si de pronto
me olvidas
no me busques,
que ya te habré olvidado.
Si consideras largo y loco
el viento de banderas
que pasa por mi vida
y te decides
a dejarme a la orilla
del corazón en que tengo raíces,
piensa
que en ese día,
a esa hora
levantaré los brazos
y saldrán mis raíces
a buscar otra tierra.
Pero
si cada día,
cada hora
sientes que a mí estás destinada
con dulzura implacable.
Si cada día sube
una flor a tus labios a buscarme,
ay amor mío, ay mía,
en mí todo ese fuego se repite,
en mí nada se apaga ni se olvida,
mi amor se nutre de tu amor, amada,
y mientras vivas estará en tus brazos
sin salir de los míos.
Si tu me olvidas de Pablo Neruda
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Em breve o campo...
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Verdes são os campos de Luís de Camões
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Verdes são os campos de Luís de Camões
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Borges
Naquele preciso momento o homem disse:
«O que eu daria pela felicidade
de estar ao teu lado na Islândia
sob o grande dia imóvel
e de repartir o agora
como se reparte a música
ou o sabor de um fruto.»
Naquele preciso momento
o homem estava junto dela na Islândia.
Nostalgia do Presente de Jorge Luis Borges, in A Cifra"
terça-feira, 23 de agosto de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Digging the past
(...) e ali foi onde trabalhou o avô (...) ali onde eu nasci (...)
acolá morava a D.Idalina (...) aqui o filho do salsicheiro que matou o pai pelas costas (...)escondia-me aqui quando havia trovoadas (...) ali moravam as vaidosas, que até ripavam o cabelo (...) e ali os gémeos a quem chamávamos os leitõezinhos (...) aqui morei eu e ali onde nos escondíamos para nos beijarmos (...) aqui caiu o avô e nunca mais foi o mesmo (...) ali era a varanda onde a avó criava as galinhas para o natal (...) deitava-me ali discretamente para ouvir os fados à noite (...) ali naquele chafariz, caí e o vestido novo encolheu até à barriga (...) íamos por ali pelos quintais até ao Panteão (...) o tio morou ali e ali os primos e ali as tias e as outras tias (...) ali o antigo namorado (...) e as melhores amigas e ali em cima os avós no lado direito uns e do lado esquerdo outros (...) aqui era a mercearia, ali a drogaria e neste atelier de artes o Ti Manel vendia galinhas (...) na casa mortuária eu deitáva-me nos caixões (...) o avô não me deixava passar àquela porta da casa das mulheres da vida (...) saltava desta varanda para ali para poder ir ao baile e ali havia sempre baile (...)
acolá morava a D.Idalina (...) aqui o filho do salsicheiro que matou o pai pelas costas (...)escondia-me aqui quando havia trovoadas (...) ali moravam as vaidosas, que até ripavam o cabelo (...) e ali os gémeos a quem chamávamos os leitõezinhos (...) aqui morei eu e ali onde nos escondíamos para nos beijarmos (...) aqui caiu o avô e nunca mais foi o mesmo (...) ali era a varanda onde a avó criava as galinhas para o natal (...) deitava-me ali discretamente para ouvir os fados à noite (...) ali naquele chafariz, caí e o vestido novo encolheu até à barriga (...) íamos por ali pelos quintais até ao Panteão (...) o tio morou ali e ali os primos e ali as tias e as outras tias (...) ali o antigo namorado (...) e as melhores amigas e ali em cima os avós no lado direito uns e do lado esquerdo outros (...) aqui era a mercearia, ali a drogaria e neste atelier de artes o Ti Manel vendia galinhas (...) na casa mortuária eu deitáva-me nos caixões (...) o avô não me deixava passar àquela porta da casa das mulheres da vida (...) saltava desta varanda para ali para poder ir ao baile e ali havia sempre baile (...)
terça-feira, 16 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
A minha manicura quer ser arqueóloga
Não sou muito de conversas de cabeleireiro, limito-me a observar e a criar cenários para cada personagem que vai aparecendo...mas a propósito de unhas encetei uma das conversas mais surreais que alguma vez tive.
A manicura: - Porque é que tem as peles dos dedos tão levantadas?
Eu: - Bom sabe é que eu sempre roí as unhas e as peles dos dedos e arranjar é a única forma de resistir ao vício. E durante anos como escavava, mexia muito na terra e não conseguia deixar crescer as unhas, logo não podia arranjá-las.
A manicura: Escavava, mas o que fazia?
Eu: - Sou arqueóloga, mas agora já não escavo.
A manicura: - Arqueóloga e estuda a terra?
Eu: - Bem, mais ou menos, estudo o Homem na Terra
A manicura: - O homem? Não a mulher?
Eu: Sim o Homem com letra maiúscula. a mulher também, claro. Os vestígios que deixaram... [e dei alguns exemplos]
Um rapaz que se sentava ao lado, disse: - É tipo os dinossauros...
Eu: - Não é bem a mesma coisa, é parecido, sim.
A manicura: - Os dinossauros ainda existem?
Eu: - Não já não existem, e já não existiam quando o Homem surgiu na Terra.
A manicura: - Não entendo.
Eu [ela é muito nova e tive que lhe vender a história do Indina Jones e depois da Lara Croft - que vergonha]: - sabe o Indiana Jones dos filmes? E a Lara Croft, mas mais soft...
A manicura: - Nunca vi, mas sei. Como você faz? descobre as coisas e depois vende? E nunca levou nada para casa. Só para decorar?
Eu: - Não não vendo, estudo e por vezes vendo o resultado do estudo, e não nunca levei para casa.
A manicura: - Você é aventureira e curiosa não é?
Eu: - Sim sou
A manicura: - Então é isso que eu quero ser. Eu sou aventureira e curiosa e isso é muito legal. Acho que vou ser isso...
Depois de inúmeras informações sobre cursos e afins pensei que a Cácá tem 20 anos e uma vida à sua frente, mas... não me parece que seja como arqueóloga. mas nunca se sabe...
domingo, 7 de agosto de 2011
sábado, 6 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Aromas
Dizem que se chover nos primeiros dias de Agosto teremos um Inverno chuvoso.
Hoje Lisboa foi aromatizada pela terra molhada, com gosto de Outono e de memórias guardadas...
Hoje Lisboa foi aromatizada pela terra molhada, com gosto de Outono e de memórias guardadas...
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